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Foto: Prefeitura de Tupanciretã (Divulgação)
Em lockdown, a cidade de Tupanciretã precisou intensificar a fiscalização de combate à Covid-19 nas ruas. Este é o primeiro dia do fechamento total do comércio e das restrições de circulação, na tentativa da prefeitura de conter o avanço do coronavírus no município de 24 mil habitantes. O lockdown iniciou às 19h de quinta-feira e se estende até as 5h desta segunda-feira. Neste período, só podem abrir serviços considerados essenciais (veja abaixo). Tais estabelecimentos só podem atuar em tele-entrega.
Bandeira preta: entenda as regras de funcionamento que valem a partir de sábado
Nesta sexta-feira, de acordo com a prefeitura, a maioria das lojas permaneceu fechada, respeitando o decreto. Nas principais ruas do centro, pouca circulação de carros e pessoas a pé. Mas, ainda assim, houve quem desrespeitou o decreto. Todas as pessoas encontradas na rua, seja em veículos ou a pé, são abordadas pela equipe de fiscalização, composta pela Defesa Civil, Brigada Militar, Bombeiros Voluntários e Guarda Municipal. No momento da abordagem, as pessoas precisam fazer uma descrição do motivo pelo qual estão fora de casa, além de fornecer documentação e informações pessoais.
- Nosso apelo é para que somente quem tiver muita urgência saia de casa. Pedimos que, se surgir algo que motive as pessoas a saírem de casa, elas se perguntem: é essencial para a minha vida? Eu preciso mesmo fazer isso? Se hesitar, não saia de casa, respeite este momento - destaca o prefeito Gustavo Terra (Progressistas).
Após o lockdown, serão feitas as avaliações de cada situação e, se a comissão da prefeitura entender que não é uma justificativa que se enquadra dentro das atividades essenciais, haverá a aplicação de multa. Caso haja a notificação de multa, o cidadão terá 5 dias para elaborar sua defesa.
De acordo com a coordenadora da Defesa Civil, Vânia Vendrusculo Lopes, três equipes de fiscalização foram às ruas na noite de quinta. Mas, devido ao grande número de denúncias, as equipes precisaram ser dobradas. A população pode denunciar irregularidades pelo contato (55) 98429-0278.
- Recebemos mais de 200 denúncias até as 10h desta sexta. Falta conscientização. Tem pessoas circulando sem máscara, saindo de casa para abastecer o carro, querendo sair do município para acampar, saindo para visitar vizinho... Tem gente achando que o lockdown é um feriadão - afirma.
Tupanciretã é o segundo município da Região Central que decretou lockdown. Em novembro, Rosário do Sul determinou o fechamento total das atividades durante dois finais de semana. Atualmente, todo o Rio Grande do Sul está em bandeira preta, mas Tupanciretã é a cidade com regras mais rígidas.
CASOS PREOCUPAM
A cidade conta com 10 leitos clínicos exclusivos para o tratamento da Covid-19, e a ocupação nesta sexta-feira está em 90%, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde. Como não há UTIs na cidade, quem precisa de tratamento intensivo é transferido para cidades vizinhas, como Cruz Alta, Ijuí e Santa Maria.
Tupanciretã tem, atualmente, 1.328 casos de Covid-19 (somados os casos recuperados, ativos e óbitos). Entre esses casos, 441 ainda estão ativos. Oito mortes já foram confirmadas no município.
AS MULTAS
As pessoas flagradas na rua sem justificativa poderão ser multadas em R$ 140,96. Já as empresas que funcionarem em desacordo com o decreto, poderão pagar multa de R$ 704,80 e ter interdição do estabelecimento. Em caso de reincidência, o valor será dobrado. Os valores arrecadados com as multas serão usados em ações de combate à Covid-19.
O QUE NÃO PODE NO LOCKDOWN
- Circulação e aglomeração de pessoas em locais públicos ou comuns;
- Reuniões ou atos públicos e privados, independente do número de pessoas, inclusive de membros da mesma família mas que não morem na mesma casa;
- Atendimento presencial ao público em estabelecimentos comerciais e a realização de prestação de serviços;
- Funcionamento de casas noturnas, bares, academias e centros de ginástica;
- Consumo de alimentos em bares, restaurantes, padarias, pizzarias e supermercados;
- Qualquer aglomeração Cultos, missas ou qualquer reunião religiosa não poderão ser feitas de forma presencial.
O QUE PODE
- Funcionamento de farmácias e drogarias mediante tele-entrega;
- Clínicas médicas, veterinárias, odontológicas e de fisioterapia, em regime de urgência e emergência;
- Distribuidoras de GLP mediante tele-entrega;
- Postos de combustíveis, sendo que os serviços anexos de lanchonete, restaurantes e lojas de conveniência deverão ficar fechados;
- Serviços funerários e cemitérios;
- Serviços públicos essenciais, como abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, fiscalização em geral;
- Serviços de reparos de linhas telefônicas e internet;
- Hospitais, postos de saúde, unidades básicas de saúde, unidade de pronto atendimento e Samu;
- Órgãos de segurança pública;
- Meios de comunicação;
- Manutenção de funcionamento de caldeiras e secadores de grãos em indústrias e cooperativas que desempenham atividades essenciais;
- Bombeiros Voluntários;
- Conselho Tutelar;
- Autoridades Públicas;
- Serviços de Assistência Social;
- Táxi, moto táxi e transporte alternativo de passageiros;
- Transporte público coletivo municipal e intermunicipal
- Tele-entrega de alimentos (própria ou terceirizada);
- Recolhimento de lixo e coleta seletiva de resíduos por catadores;
- Serviços públicos em geral em regime de plantão;
- Cuidadores de idosos mediante declaração escrita de um familiar;
- Laboratórios de análises clínicas;
- Serviços bancários e a agência dos correios não poderão atender presencialmente. Permitido apenas expediente interno, se a instituição entender que necessite
- Os trabalhadores, estudantes e militares com atuação em outro município terão permissão para o deslocamento, mediante comprovação